sábado, 27 de agosto de 2011

ANATED consegue liminar para retirar campanha “Educação não é Fast-Food” do ar

A campanha promovida pelo Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), em conjunto com outras entidades do setor, cujo slogan é “Educação não é fast-food – Diga não à graduação em serviço social a distância” gerou muito polêmica, seja entre docentes, acadêmicos e gestores educacionais.
Segundo a ANATED (Associação Nacional dos Tutores de Ensino a Distância), a campanha veio a público em maio deste ano, por meio de vários vídeos, materiais gráficos, disponível de forma impressa e online, e até mesmo um spot de rádio, que estava sendo veiculado em rádios comunitárias em todo o país, com o objetivo de dizer não a graduação a distância em serviço social. Entretanto, o material estava causando constrangimentos aos profissionais (tutores de EaD) e aos alunos desta modalidade de ensino.
Em ação cautelar promovida pela Associação Nacional dos Tutores de Ensino a Distância (ANATED), o juiz federal Haroldo Nader, da 8ª Vara da Subseção Judiciária em Campinas - SP, concedeu liminar no último dia 28, determinando a cessação da campanha publicitária. No dia 28/07/11, a Justiça Federal determinou a cessação e o recolhimento de todo material promocional (gráfico impresso e informatizado (disponível para baixar via internet): cartaz, cartão postal, marcador de página de livros, adesivos – relacionados à campanha “Educação não é Fast-Food”, bem como a cessação da exibição de todos os vídeos e da transmissão do spot, em seus sites e em todas as emissoras de rádios do país). O conteúdo estava disponível no site http://www.educacaofastfood.com.br/
Segundo o entendimento do juiz federal,  “o conteúdo em som e vídeos têm caráter altamente pejorativo ao ensino à distância em serviço social, abusando da simples crítica à qualidade daquele método. E expõem os consumidores deste método ao ridículo, tratando-os como pessoas de pouca inteligência e discernimento”, afirma em sua decisão.
Em seu blog, a ANATED divulga a notícia e se posiciona, conforme trecho a seguir por ela publicado em 01/08/11
“Excessos a parte da referida campanha (entende-se por excessos: vídeos, material gráfico e spot de rádio com falsas informações), se fizermos uma análise de alguns dos pareceres técnicos emitidos pelo CFESS, veremos que existem críticas construtivas que devem ser acolhidas pelos órgãos fiscalizadores (Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior) e pelas demais entidades ligadas ao setor. Inclusive, algumas delas favorecem a nós próprios, os tutores, que merecem mais respeito no exercício de suas funções. Porém, o que jamais iremos aceitar é que alguém, seja quem for, se utilize de maneira escarnecedora, que segundo o dicionário significa ridicularizar, zombar, mofar, fazer pouco de tutores (profissionais em geral da EaD) e alunos, pelo simples fato de "querer chamar a atenção" para o problema educacional brasileiro. Ora, porque não falar do todo, ao invés de apenas boicotar a EaD? Problemas existem em todos os lugares, mas, francamente, você acha esse "excesso" responsável e correto, ainda mais partindo dessa entidade? Veja como entendeu o juiz federal, da 8ª Vara da Subseção Judiciária em Campinas, que apreciou o pedido liminar formulado pela ANATED, quando se deparou com o material juntado nos autos do processo: "As ilustrações em que – tutor não assistente social – prova virtual – estágio sem supervisão – aparecem, respectivamente, em embalagens de batata fritas, sanduíche e refrigerante escarnecem do serviço e de seus consumidores." E continua sua fundamentação, afirmando que: "O conteúdo em som, reproduzido à fl. 05, e vídeos (fl. 32), têm caráter altamente pejorativo ao ensino a distância em serviço social, abusando da simples crítica à qualidade daquele método. E expõem os consumidores deste método ao ridículo, tratando-os como pessoas de pouca inteligência e discernimento."
Para Luis Gomes, presidente da ANATED, só se decidiu entrar com uma ação judicial  porque a todo o momento a campanha é um ataque direto aos tutores e aos estudantes dessa modalidade. “Quem se depara com o material fica indignado com o que vê. Por isso, quando nos deparamos com a violação de preceitos que regem a nossa própria existência, nos vimos na obrigação de sair em defesa aos ataques provocativos”, esclareceu o presidente.

Comentário:

É inegável a trajetória da EAD e a nova relação que as pessoas estabeleceram com a tecnologia, nos diferentes aspectos da suas vidas e, principalmente, para o aprendizado.
Esta iniciativa da ANATED demonstra a força que uma entidade representativa pode ter para a defesa de uma categoria. Ou melhor, complementado: mais do que defender uma categoria profissional, é a busca pela valorização de uma atividade que não pode, em hipótese alguma, perder seu aspecto criativo, as competências em estimular nos alunos o aprendizado e formas pessoas críticas, independente dos meios para estimular este processo. Assim com os profissionais que nela atuam, a EAD deve ser tratada com respeito e primar sempre pela qualidade. Agora, cabe às instituições valorizarem estes profissionais tão valiosos...

Deixei um comentário com minha opinião no Blog da ANATED (http://www.anated.blogspot.com.br/)
Para quem quiser ler mais opiniões, é só acessar link abaixo:


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