sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A importância da interação socio-afetiva do tutor em EAD

                                                                                                                          Por Daniela Cartoni


Todo o ser humano tem propensão para aprender e o papel do tutor é facilitar a apreensão do saber estimulando o interesse do aluno e auxiliando a superar obstáculos, mantendo-os atentos, motivados, orientados.
Para que o tutor desempenhe bem seu papel ele deve demonstrar o domínio das ferramentas que utilizara na sua tutoria. O bom tutor impressiona pela sua capacidade de demonstrar os atalhos e o manejo eficaz destas ferramentas que estão a disposição. Este também é o grande desafio.
Neste sentido, fica evidente que o trabalho de tutoria vai muito além da própria etimologia da palavra, pois:
  • Ele é o agente fundamental para a efetivação do processo
  • Ele é o elo entre aluno e instituição
  • É o responsável pelo acompanhamento pedagógico
  • Garante o bom andamento das atividades
  • Evita evasão
  • Promove o desenvolvimento da aprendizagem

Neste sentido, é muito importante a afetividade entre o tutor e o aluno. A criação de vínculo é essencial no processo de interação e estabelecimento de uma referência, para que o aluno não se sinta solitário ou desamparado no ambiente virtual. Para além da relação tutor-aluno, o essencial será o papel em estimular a relação aluno-aluno, criando interatividade, interesse em participar e troca de conhecimento.

Para que isso aconteça o tutor deve
  • Conhecer o modelo e objetivos da instituição de ensino
  • Ter capacidade de liderança e empatia
  • Criar “Laços Afetivos” onde o tutor passa a ser referencia e facilitador da aprendizagem.
  • Ser criatividade e participativo
  • Ter competência e ser inovador (no sentido de sugere leituras, viabiliza material de pesquisa, ajuda na manipulação das ferramentas que levam o aluno a autonomia no próprio ambiente e na busca de solução de conteúdo)

O vínculo afetivo é o grande aliado neste processo, pois traz segurança ao aluno facilitando o processo de aprendizagem e faz com que ele se sinta acolhido, confiante e otimista.

Algumas dicas para aprimorar a relação de afeto com o aluno:
  • O tutor não pode ser meramente quantitativo, mas avaliar o aluno qualitativamente. Ou seja: não acompanhar só a nota e a freqüência, mas suas dificuldades, o seu desenvolvimento, levando em consideração a sua história. Se possível, anotar essas questões em uma ficha de descrição de cada aluno.
  • Não deixar de se auto-avaliar em conjunto com os alunos: “Estes recursos que estou usando estão funcionando para você?” ou “Os alunos estão acompanhando o ritmo e formato da aula, de forma prazeirosa e interativa”? “As dúvidas foram sanadas?”
  • Desde o começo do curso, deixar claro para o aluno a importância dessa relação personalizada.
  • Não prometer o que não consegue cumprir. Quando tiver a incumbência de entregar notas, avisar ao aluno quando o fará, estipulando uma data para controlar expectativas e a ansiedade
  • Ter disponibilidade e comprometimento, dando retorno nos dias e horários estabelecidos. Uma vez que o tutor descumpre o prometido, o aluno desiste ou perde a confiança.

Para saber mais, dicas de sites para consultar:

GONZALES, Mathias. A Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância

SERRA, D. T. S. Afetividade, aprendizagem e educação online
Dissertação de Mestrado em Educação, Ciência e Tecnologia, Universidade Católica de Minas Gerais, 2005.

CUNHA, F. O. da. SILVA, J. M. C. da.
Análise das Dimensões Afetivas do Tutor em Turmas de EaD no Ambiente Virtual Moodle
Trabalho apresentando no XX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (2009)

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